segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Olá amigos
este blog voltara à ativa com toda força. Estivemos ausentes por motivos superiores. Aguardem!
abraços
Valter

sábado, 10 de julho de 2010

A POLITICA DO AVESSO DO AVESSO DO AVESSO

Mais uma vez a política mostra sua cara e surpreende os eleitores da Mata Sul pernambucana. Há rumores na cidade dos poetas que inimigos políticos estarão no mesmo palanque nas eleições em outubro de 2010. A notícia caiu como uma bomba e foi tema de debates pelas esquinas e bares da cidade. Isso prova que a força da política é mais forte do que a força da moral e da ética. Essas pessoas se digladiavam há quatro anos e agora trocam abraços e elogios. O pequeno mundo político da cidade dos poetas, sem um líder realmente líder há décadas, ficou estarrecida e sem entender nada. Como as pessoas que defenderam as bandeiras desses candidatos estão se sentido agora? Depois de tantas brigas, xingamentos, provocações, socos, empurrões, ameaças entre eles vão conviver harmonicamente com os seus líderes no mesmo palanque? Como as pessoas que perderam seus empregos e que por motivos de não defenderem o candidato eleito foram demitidas exatamente por isso? São as peripécias da politicagem praticada na terra dos poetas!
O que esses candidatos mostram para a população é que eles são contraditórios e usam de má-fé para conquistar o poder através do voto popular. A mentira é o sangue que alimenta a política nacional e Palmares não foge à regra. Os políticos brasileiros (a maioria) não têm escrúpulos e para esses tipos de pessoas “vale tudo” para chegar, voltar ou se manter no poder. Valores éticos e morais, para Palmares, não têm muita importância como ingredientes básicos para se conduzir uma cidade. As últimas eleições mostraram isso claramente. Uma cidade que não se pauta nesses importantes alicerces da democracia, está com o seu futuro comprometido e sua população pagará um preço altíssimo por negligenciar a boa política e seus representantes.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM(bons para o povo)

Cuidado! Eles estão de volta. Estamos nos deparando com velhos personagens da política pernambucana e palmarense. Há algumas semanas, vários candidatos a deputados e prefeitos da região abordam as pessoas pelas ruas da cidade, nas feiras livres, supermercados, mercadinhos e tantos outros lugares onde respira qualquer alma vivente. Os bairros da cidade dos Palmares passaram a ter mais atenção das autoridades e parlamentares do nosso Estado e daqueles que pousam por aqui em tempos de eleições para continuarem ou atingirem o Congresso Nacional. Colocam- se como “os Redentores” da sociedade palmarense, pois seus argumentos são voltados para tornar a Terra dos Poetas um território parecido com Shangri-la ou num canteiro de obras como ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes.
As promessas desses políticos forasteiros são as mesmas: educação, saúde, transporte, habitação, segurança (principalmente). Como os problemas sociais aumentaram, a lista de promessas também foi acrescida com destaque para o meio ambiente, violência contra as mulheres, pedofilia, desemprego sazonal colocando programas assistencialistas como redentores das mazelas da entressafra (tipo chapeu de palha), violência urbana e a mais nova ideia da política nacional: defender a implantação do “projeto Ficha Limpa”!
Em ano eleitoral, o povo se transforma em deuses e os políticos em devotos do poder. Fazem promessas mirabolantes, irrealizáveis e agem de maneira estranha como chorar em palanques, agarrados a uma Bíblia e de joelhos. Confesso que essa tática de angariar votos entre os religiosos é realmente eficiente. Muitos candidatos que pedem voto pela cidade não conhecem os nomes das principais ruas da cidade como Cel. Izácio, Pça. Paulo Paranhos, Rua Frei Caneca, Luzia Pedrosa, Rua da Notícia, Vigário Bastos, Pça. Maurity. Não sabem onde ficam a Rua da Viração, do Limão, do Araticum, do Engole homem, Rua do Galo, “Esconde Nego”, Rua do Rio e a Coreia (antiga zona da cidade dos Poetas). Não sabem onde ficam o Rio Pirangi e sua ponte de ferro construída pelos ingleses. Muitos dos que mendigam os votos dos palmarenses não sabem que o poeta Ascenso Ferreira é natural dos Palmares e morou na Rua dos Tocos, que Hermilo Borba Filho nasceu no Engenho Verde e que fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco e o Teatro Popular do Nordeste. Nunca ouviram falar sobre Rabeca, Antônio Caetano de Souza (poeta popular), Telles Junior, Artur Griz, Milton Souto, Fenelon Barreto, Jayme Montenegro, Luis Portela de Carvalho, Severino Aguiar, Brivaldo Leão, Biu do Tacho, Piaba e seus caboclinhos, Zé de Barros, Miguel Meneses, Dorjão Pinical, Bastinha, Zé Carneiro (advogado), Não sabem apontar onde ficava o Cine São Luis, Cine Teatro Apollo, o antigo SENAI, a Sertaneja, a Barraca Azul, a loja Itamaraty (O Itamaraty é fogo meu chapa), o Hotel Bom Jesus, O Clube Ferroviário, Os Lenhadores, Paz Dourada, O Óleo e a Rádio Cultura dos Palmares. Não sabem onde ficam os bairros das Pedreiras, Grota do Bispo, Bigode. Nunca ouviram falar em Japaranduba, Cantochão, Arruado da Usina. Não sabem onde ficam os engenhos Esperança, Lajedo, Flor do Una, Bom Mirá, Humaitá, Poço, Herval, Goiabeira, Coiceiro, Catuama A e B nem Diamante.
Como essas pessoas querem representar o povo dos Palmares se não conhecem esses personagens e lugares da nossa história? Qual é a moral que eles têm de pedir voto ao povo dos Palmares? A cidade dos Palmares, como muitas outras que fazem parte da Zona da Mata pernambucana, vem enfrentando um luta brutal contra o atraso e decadência da sua economia. Atualmente existem alguns empreendimentos, mas insuficiente para atender a demanda de geração de empregos que a cidade exige. Como esses políticos descartáveis podem resolver esses problemas se não fazem parte da sociedade palmarense? Se não moram aqui? Se não vivem aqui? Os que foram eleitos na última eleição, mesmo morando aqui, não estão resolvendo ou procurando resolver nossos problemas, imagine esses alienígenas?
Palmares se parece mais com um Mané Gostoso onde todo mundo quer mexer fazendo o povo de palhaço. Vamos tratar esses aventureiros como eles merecem: com a dureza da rejeição das urnas. Não faça do seu voto uma arma contra você mesmo. Vote com segurança e responsabilidade porque uma má escolha pode destruir a sua vida e esperança de uma sociedade. Precisamos construir nossos representantes políticos entre os verdadeiros palmarenses que tenha competência política e a desenvoltura e dignidade com a coisa pública. Sabemos que esse perfil político é raro de encontrar, mas não é impossível. Encontrar um bom representante político é fundamental para o crescimento da sociedade e o desenvolvimento da região.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

MACONHA: A LIBERDADE QUE MATA


A principal força de uma nação está na parte mais frágil da sociedade: os jovens. Quando essa força tem um acompanhamento da família e do Estado, ela pode ser canalizada para formar indivíduos íntegros e que tenham responsabilidades sociais com princípios éticos e morais como elementos fundamentais dentro de uma sociedade. Mas, ultimamente, a maioria dos jovens brasileiros estão envolvidos com práticas e comportamentos sociais que os fragilizam e os levam à várias situações de risco como o envolvimento com as drogas, especialmente, o crack. No último domingo (02/04/2010), houve várias passeatas (Marcha da Maconha) pela descriminalização da maconha por todo o Brasil como se a liberalização desse tipo de droga fosse resolver os problemas causados na sociedade pelo o seu consumo às escondidas. Quem pensa dessa forma está trabalhando como "vapor" para o narcotráfico. Ter um pai, filho, parente, amigo, vizinho refém das drogas é uma experiência que destroi mais aqueles que cercam o viciado do que ele próprio porque, enquanto o viciado se autodestrói, os pais, principalmente, são torturados pela alma, pelo coração. É uma dor sobre-humana que poucos conseguem suportar. Talvez você não conheça a dor de ter uma dessas pessoas que amamos dominados pelo vício. De vê-los escorregando de nossas mãos, do aconchego dos nossos lares, de perdermos o carinho, o amor que nos unia desde que nasceram. Talvez você que defende a liberação da maconha não saiba o que é o sofrimento de uma mãe, de um pai ao ver seu filho nos braços de um traficante. Não porque ele o ama, mas como moeda de troca para ele obter a droga.Para tirarmos um filho do vício das drogas, só existe um remédio: o amor porque é algo que pertence à eternidade. Está acima de tudo e de todos. Não há força contrária ao amor, mais poderosa do que o amor. Só o amor é capaz de restaurar um ser humano, dar-lhe um caminho seguro, devolver-lhe a vida em família, o carinho dos pais, dos amigos. As mães conhecem bem esse caminho e elas têm todo o poder e autoridade para buscar o que lhe pertence de fato e de direito. Você que defende a descrimilização da maconha pode ser uma vítima amanhã. Reveja sua opinião e reflita diante da sua condição humana. A vida e a família são mais nobres do que um ato inconseqüente e perigoso que é o uso indiscriminado das drogas.

sábado, 1 de maio de 2010

1º DE MAIO: UM ENGODO?

Criado por um Congresso Socialista em Paris no ano de 1889, o 1º de maio homenageia aqueles que sofreram repressões em função de reivindicações para melhorar as condições de trabalho dos operários americanos da cidade de Chicago três anos antes. No Brasil, nesse mesmo ano, era implantada a República, regime político que vai substituir a Monarquia que dependia do trabalho escravo para existir. Desde o século XVI, o Brasil se utilizou do trabalho escravo de milhares de pessoas para manter sua economia e estrutura socioadministrativa funcionando. Falar em direitos trabalhistas no Brasil republicano era uma prática condenável aos olhos das autoridades brasileiras. Um país que surgiu com a força da escravidão não tinha como admitir direitos aos trabalhadores. Com a chegada dos imigrantes italianos no Brasil no final do século XIX, o socialismo de tendência anarquista será difundido entre a recente classe operária brasileira. É ele que vai organizar os trabalhadores em sindicatos e também as primeiras greves no país. A partir da década de 20, do século passado, desembarca no Brasil, as idéias socialistas baseadas no marxismo através do Partido Comunista do Brasil. É através dessa organização política que as reivindicações trabalhistas serão organizadas em busca das transformações no mundo do trabalho e da concretização dos direitos dos trabalhadores brasileiros. É uma luta descomunal que levou muitos trabalhadores à morte e ao ostracismo social e econômico. Muitas lideranças sindicais são ameaçadas, torturadas por agentes do próprio Estado e assassinadas a mando da classe patronal brasileira.
A década de 30, do século XX, assistirá grandes mudanças no cenário políticoeconômico nacional e internacional. A crise de 1929 abrirá as chagas do sistema capitalista mostrando as suas contradições e sua vulnerabilidade diante da classe trabalhadora como afirmara Karl Marx. Essa fragilidade do sistema deixou a classe burguesa mundial em pânico porque poderia enfim, levar a classe operária a tomar o poder político e instaurar a tão sonhada Ditadura do Proletariado como ocorrera com a Rússia em 1917. Apoiar os Regimes Totalitários seria a solução encontrada pelo capitalismo para deter o avanço do socialismo no mundo, principalmente na Europa através do Nazifascismo. No epicentro da crise de 29, os Estados Unidos, foram adotadas uma série de medidas econômicas e sociais para conter a influência do socialismo entre os milhares de trabalhadores desempregados que foram afetados pela crise econômica. No Brasil chegava ao poder, Getúlio Vargas, através de um golpe militar e civil, que também se utilizará de medidas paternalistas que visavam conter a classe trabalhadora rumo ao poder. Getúlio implementará uma série de mudanças no mundo do trabalho como criação da Carteira de Trabalho ou Profissional, salário das mulheres iguais aos dos homens, direitos à licença maternidade (um mês antes e um mês depois do parto), Ministério do Trabalho, Justiça do Trabalho, salário mínimo (criado em 1º de maio de 1940) e em 1943 promulgou a Consolidação das Leis Trabalhistas em vigor até hoje no nosso país.
O salário mínimo, quando foi criado por Getúlio Vargas, tinha o objetivo de cobrir as despesas mensais dos trabalhadores com alimentação (55%), habitação (20%), higiene (10%), vestuário (8%) e transporte (7%). A Constituição de 1988 define que o salário mínimo deve atender as necessidades do trabalhador e sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência. Como o salário mínimo cobre essas despesas, ninguém sabe! Há 70 anos que o Estado brasileiro diz que vai melhorar o valor do salário mínimo, mas até agora nada. São 70 anos de mentiras que fazem com que a classe que mantém o país, os trabalhadores, venha sofrendo prejuízos financeiros que a deixa entre a fome e a miséria. Os governantes se mostram incompetentes e inoperantes diante dessa realidade. Como não conseguem resolver esse abacaxi, procuram contornar a situação através de programas assistencialistas como o Bolsa Família, Seguro Desemprego, Chapeu de Palha e de eventos festivos, principalmente no Dia dos Trabalhadores, onde são sorteados, casas, carros, apartamentos, motos, bicicletas, regados a “bandas” e muita cachaça, velha tática dos Césares. Os governantes chegaram à conclusão que é mais fácil e mais barato banalizar e ridicularizar o trabalhador do que lhes dá seus direitos garantidos na Constituição do nosso país.
Por outro lado, os trabalhadores não estão sendo bem assessorados pelos seus órgãos representativos como deveriam. Há falhas estruturais e políticas dentro dos sindicatos que fazem com que eles não atendam as reivindicações da classe trabalhadora. Em função disso, perdem a cada dia, a credibilidade dos seus associados. Não há uma formação política para os sindicalizados, chegando ao ponto de seus membros não conhecerem os seus direitos trabalhistas. A falta de formação e informação dos sindicatos em relação aos seus associados faz com que a luta dos trabalhadores por melhores condições trabalhistas e reconhecimento financeiro se tornem apenas um sonho. Além disso, muitos sindicatos estão comprometidos com governos através de acordos escusos servindo, apenas, como órgãos para conter o avanço da classe trabalhadora. Vemos, hoje, sindicatos e sindicalistas apoiando pessoas e governantes que são contrários à classe trabalhadora, juntos, no mesmo palanque. Nesse ecumenismo político, quem sai perdendo é o trabalhador porque não tem mais a quem recorrer. Quando oposição e situação estão no mesmo palanque, o trabalhador passa a exercer o papel de títere dentro da sociedade. Os sindicatos precisam encontrar seu o caminho verdadeiro e único: levar os trabalhadores ao poder. Tudo que estiver fora desse objetivo é engodo e retrocesso na luta dos trabalhadores por dignidade e melhores condições de vida.
A incompetência dos governantes e dos sindicatos, a falta de educação associados a aparelhos ideológicos como a religião e a mídia são responsáveis pela imobilidade, pelo descaso, falta de perspectiva, união, conscientização dos trabalhadores brasileiros. Uma nação que impede o crescimento material e político dos trabalhadores jamais conhecerá a dignidade e a harmonia social.

sábado, 24 de abril de 2010

A DESCOBERTA DO BRASIL: QUANDO A MENTIRA CONSTROI A HISTORIA

A História do Brasil é algo estranho para a maioria dos brasileiros. Talvez por isso ele seja tão despolitizado chegando ao absurdo de comemorar algumas “datas históricas” como verdades incontestáveis. Essa “verdade” histórica atinge “as massas” e a classe que se diz esclarecida e politizada do país. Uma dessas datas construídas pela historiografia hemiplégica é o dia 22 de abril de 1500. Nesse dia e ano, o navegador português, Pedro Álvares Cabral, descobriu o Brasil, “sem querer”, em função de uma calmaria que o levou a costa brasileira. A própria historiografia tradicional, desmente essa idéia porque desde 1492, quando o continente americano foi invadido por Cristovam Colombo, os portugueses já tinham conhecimento das terras que hoje recebe o nome de Brasil. Tanto é verdade que, em 1493, quando as terras americanas foram divididas entre Portugal e Espanha através da Bula Inter Coetera que determinava que deveria ser traçada uma linha imaginária, passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, os lusitanos argumentaram que do jeito que foi feita a partilha do novo continente, eles ficariam com terras submersas pelo Oceano Atlântico e os espanhóis ficariam com todas as terras do novo continente. Como eles sabiam desse “detalhe” tão importante se eles desconheciam o novo continente? É claro que os portugueses já haviam tido contato com o novo mundo.
Em função da recusa dos lusitanos, foi firmado um novo acordo entre os dois países ibéricos: o Tratado de Tordesilhas que estabelecia a divisão do novo continente entre Portugal e Espanha. As léguas passaram de 100 para de 370 a oeste de Cabo Verde. Com o recuo do meridiano para o oeste, os portugueses chegaram onde queriam, ou seja, na costa do Nordeste do novo continente.
Dessa briga diplomática surge uma questão interessante: se os portugueses desde 1493 já reivindicavam as terras americanas, como eles “descobriram o Brasil em 1500”? É uma grande contradição, não acham? Na verdade, em 1500 ocorreu a POSSE do território português na América. Desconstruir essa idéia do “descobrimento ou achamento” é uma tarefa difícil de ser cumprida porque aquilo que se aprende através da mentira é o mesmo quando um paciente usa medicamentos por conta própria e resolve procurar um médico quando a doença já tomou proporções irreversíveis. O saber histórico tem as mesmas conseqüências. No caso da doença, a cura ou não do paciente depende do tratamento que vai receber e também do organismo dele. Em relação à desconstrução do erro histórico, o remédio indicado é a busca pelo conhecimento, da informação. Se esse tratamento não for seguido, os indivíduos continuarão a pensar erroneamente sobre a origem da formação do nosso país e passarão essa idéia para a sociedade como fatos históricos verossímeis. Um povo que não conhece a sua história é manipulado por aqueles que a distorcem. Assim é, a maioria do povo brasileiro.

domingo, 18 de abril de 2010

O SKYLAB VAI CAIR. E A DITADURA MILITAR?




Em julho de 1979, do século XX, ocorreu um fato que chamou a atenção do mundo inteiro, a queda do Skylab. Nesse mesmo ano, a cidade dos Palmares completara 100 anos de existência, a Ditadura Militar do Brasil já era uma adolescente que comemorava sua festa de debutantes e eu tinha apenas 11 anos de idade. O centenário da minha cidade eu lembro muito bem. Foi um dia festivo começando com desfiles cívicos, homenagens e discursos políticos, eventos religiosos, corrida pelas ruas da cidade, passeio ciclístico, sorteio de prêmios, enfim, uma festa a altura do evento. Mas sobre a queda o Skylab, eu não entendia quase nada. Só sabia que ia cair alguma coisa do céu, mas não o que seria. Na escola não ouvi explicação nenhuma da queda do Skylab como também sobre a Ditadura Militar que dava as cartas no cenário político nacional. Eu nasci dentro de um dos mais terríveis sistemas políticos criados pelo homem e não tinha conhecimento disso. Tanto o Skylab quanto a Ditadura Militar foram assuntos que não aprendi na escola. Perguntei ao meu pai sobre o Skylab e pouca coisa ele me explicou. Ele também não sabia o que era o Skylab, mas o mesmo comentava que se o Skylab caísse sobre a Terra iria causar uma catástrofe jamais vista pela humanidade. Milhares de pessoas iriam morrer. Ele falava que, em Palmares, muitas pessoas já estavam se despedindo das suas esposas, dos amigos, filhos, pedindo perdão pelos pecados que cometeram porque o fim de todas as pessoas estava próximo com a queda do Skylab. Era muito engraçado ouvir essa conversa, mas confesso que ficava um pouco apavorado porque não conseguia imaginar morrer tão jovem. Em relação a Ditadura Militar no Brasil, meu pai tinha uma certa simpatia por ela porque os militares não deixavam os políticos ladrões (a maioria desses servidores públicos) acabarem com país, como acontece hoje, e os bandidos e marginais que aterrorizavam a sociedade não tinham vez com os generais. Eu escutei várias vezes esse discurso do meu pai. Ainda bem que a simpatia do meu pai em relação ao militares, mesmo que equivocada, eram só nesses dois aspectos.
Você sabe o que foi o Skylab? Se você tem hoje 40 anos ou mais, talvez, lembre. Mas, não custa nada saber um pouco dessa história. Skylab significa "laboratório do céu", em inglês. Foi a primeira estação espacial americana e foi lançada em 13 de maio de 1973. Houve quatro missões: Skylab I (missão não tripulada e responsável por colocar a estação espacial em órbita); Skylab II (22 de maio até 22 de junho de 1973. Essa missão durou 28 dias); Skylab III (28 de julho até 25 de setembro de 1973. Durou 59 dias); Skylab IV (16 de novembro de 1973 até 8 de fevereiro de 1974. Durou 84 dias). Essas três últimas missões foram tripuladas por três diferentes grupos de astronautas que passaram 171 dias e 13 horas em órbita da Terra. O objetivo da estação espacial era, segundo os americanos, mostrar que seres humanos poderiam viver e trabalhar no espaço por longos períodos de tempo, e também coletar mais informações sobre o Sol e fazer observações astronômicas. Após a saída da última tripulação do Skylab, o controle de terra efetuou alguns testes com a nave, que poderiam por em risco qualquer tripulante humano. Depois destes testes, o Skylab foi posicionado em uma órbita estável e seus sistemas foram desligados. A estação não foi mais visitada até 1977, quando uma atividade solar muito forte desestabilizou a sua órbita. Em 11 de julho de 1979, finalmente, a estação espacial Skylab caiu na Terra. Devido a sua reentrada na nossa atmosfera, a estação espacial foi destruída espalhando pedaços de sua estrutura sobre o Oceano Índico e a Austrália.

O Skylab caiu em 11 de julho de 1979. E a Ditadura Militar no Brasil, Quando iria cair? Se fosse depender dos militares “linha dura” e seus coadjuvantes civis, “defensores das famílias brasileiras”, isso jamais iria ocorrer. “O Estado brasileiro não pertencia ao povo brasileiro”, mas, sim, aos generais e aos grandes empresários desse país. Tomar o controle do Estado, dos militares e devolvê-lo ao povo era uma afronta sem tamanho que teria de ser punido com a morte. Centenas de brasileiros que lutaram pelo fim da Ditadura militar pagaram com a própria vida, outros tantos, perderam a saúde física e mental em decorrência dos espancamentos praticados pelos agentes da repressão e de seus simpatizantes.
Entre esses brasileiros que perderam a vida por defender a democracia e a liberdade para o Brasil estar Ivan Rocha Aguiar, jovem filho de tradicional família palmarense, sendo, infelizmente, a primeira vítima do Golpe militar em 1964 em Recife. Ivan Aguiar deve ser colocado no mesmo pedestal de heróis da resistência à Ditadura como Gregório Bezerra, Francisco Julião, professor Brivaldo Leão de Almeira, Amaro Luis de Carvalho (o Capivara, natural de Joaquim Nabuco), D. Hélder Câmara, Apolônio de Carvalho, Luis Carlos Prestes, Carlos Marighella, Carlos Lamarca, Joaquim Câmera Ferreira, Iara Iavelberg, Maria Ângela Ribeiro, Alceri Maria Gomes da Silva, Marilene Vilas-Boas Pinto, Nilda Carvalho Cunha, Emanoel Bezerra dos Santos, Manoel Aleixo (Ventania), Manoel Lisboa de Moura, Wladimir Herzog, Manoel Fiel Filho, Tito de Alencar Lima (Frei Tito) e tantos outros que pereceram ou foram torturados pelo regime ditatorial implantado em 1964.
No mesmo ano que o Skylab teve o seu fim, o Brasil vai assistir ao nascimento da abertura política através da Lei de Anistia (Lei Federal 6.683) que beneficia 4.650 pessoas entre cassados, banidos, exilados ou simplesmente destituídos dos seus empregos. Com a abertura política, voltam para o Brasil grandes líderes políticos como Miguel Arraes, Leonel Brizola e também, Herbert de Souza (Betinho), Fernando Gabeira, Paulo Freire (educador), Márcio Moreira Alves (ex-deputado federal), Luis Carlos Prestes entre outros. No final da década de 70, a Ditadura já não mais atendia as expectativas da classe dominante brasileira. Sua política econômica equivocada estava prestes a explodir e os rumos da política internacional não davam mais sustentação aos generais golpistas. Apoiar a ditadura era sinônimo de incompetência política e desastre econômico. O período das Armas, do Terrorismo estatal, do silêncio, da falta de liberdade de pensamento e
expressão, do medo estava com os dias contados. Em 1985, seis anos depois da queda do Skylab, os militares brasileiros deixam o controle do Estado. Depois de vinte um anos, a Ditadura Militar caiu e deixou marcas muito mais profundas do que a queda do Skylab porque feriu e matou milhares brasileiros que lutavam pela liberdade, por um país mais justo, mais democrático. Um laboratório espacial é facilmente reconstruído, mas as vidas ceifadas pelo Regime Militar brasileiro não são refeitas, recompostas. Foram destruídas para sempre. Ficam a dor dos parentes e amigos, as saudades dos heróis da resistência e a lição de nacionalismo, patriotismo desses grandes homens e mulheres para as gerações de hoje e do futuro da nação brasileira
.

sábado, 27 de março de 2010

POLITICO DENOREX

Ele parece político, tem jeito de político, mas não é. Veste-se como político, fala como político, sorri como político, anda como político, promete como político, aperta sua mão como político, cumprimenta e abraça como político, mas não é. Defende o pobre como político, diz que vai resolver todos os problemas da sociedade como político, que vai dar casa, emprego, hospital, transporte como político, mas não realiza nada disso. Mas, afinal, o que é esse político DENOREX? Esse político está mais próximo de você do que você imagina. Talvez seja até o político que você ajudou a eleger nas últimas eleições. Quem sabe você é amigo, vizinho, irmão, cunhado ou algo mais íntimo como pai, filho ou marido.
O político DENOREX pode ser tudo, menos político. Ele é na verdade DEMAGOGO. E nessa categoria política que ele transita com muita facilidade. A demagogia é o reino da mentira, da enganação. Seu objetivo principal é sugar as riquezas do povo sem que ele saiba disso. O demagogo, o praticante da demagogia, é admirador incondicional também da Plutocracia, exercício do poder ou do governo pelas classes mais abastadas da sociedade, e seu regime político-social preferido é a Cleptocracia. O político DENOREX vê a Democracia como um regime político vulnerável, com instituições políticas e agentes públicos viciados na corrupção, mas a defende a todo custo porque é nesse ambiente que ele se realiza e se favorece com tais práticas.
De político DENOREX o Brasil está cheio, basta olhar nas câmeras de vereadores, assembleias legislativas, Congresso Nacional, prefeituras, órgãos públicos e outros setores que eles conseguem se infiltram do nosso país. E fácil encontrá-los: é só comprar um jornal, assistir a um noticiário de rádio e TV que eles estão sempre em destaque, recebendo e pagando propina, com dinheiro na cueca, meias, malas, envolvidos em escândalos amorosos, crimes financeiros, assassinatos, desvio de verba pública, envolvimento com grupos de extermínio, prostituição infantil, jogos de azar, narcotráfico. E o mais interessante nisso tudo é que quando são acusados de tais crimes se dizem inocentes. Quando você vir um desses políticos, tenha certeza, é um verdadeiro DENOREX. Outra característica desse tipo de político é que eles têm a mania de sempre atuar contra os interesses do povo, dos trabalhadores, principalmente. Suas ações, dentro da política, são para obter vantagens pessoas, pois ele acredita que só assim manterá o poder político. O desenvolvimento é algo inaceitável para o político DENOREX porque ele se alimenta da miséria e pobreza das pessoas mais humildes. O desenvolvimento combinado com distribuição de renda é sinônimo de dignidade e progresso social de uma nação. Para o político DENOREX é uma combinação que precisa ser evitada. Crescimento só para eles (e famílias), não para o povo.

Não espere que um político DENOREX faça algo pela educação do povo porque isso pode levá-lo a ter um ataque cardíaco ou mesmo praticar suicídio. Educar o povo é o mesmo que praticar um crime hediondo contra a classe social que ele defende e, na maioria das vezes, faz parte. Quando está em plena campanha, não mede esforços para visitar qualquer bairro, comunidade carente. Entra nas casas dos pobres, diz que já foi um deles, que gosta de comer o mesmo que os pobres comem, toma água da jarra num caneco de alumínio (amassado), diz que gosta do cheiro do povo ao abraçá-lo, gosta de pegar crianças (de preferência sujas) e colocá-las nos braços ou no colo.
Além desse marketing já bastante explorado, ele tenta conquistar o povo através dos seus valores religiosos. Passa a freqüentar: missas, procissões, batizados, primeiras comunhões, casamentos, cultos evangélicos (de várias denominações e com a Bíblia na mão), centros espíritas, terreiros de candomblés e em todas essas visitas colabora com dinheiro, cestas básicas, material de construção, remédios e aquilo que não pode faltar a qualquer político DENOREX, a promessa de “arrumar” emprego pra todo mundo!
Outra tática que os políticos DENOREX encontraram para aparecer é ir para velório de qualquer pessoa, mesmo sem conhecer a família do morto, invade o velório, recomenda a alma do defunto, chora diante da família do infeliz e, se foi ele que pagou o ataúde, acha-se no direito de discursar por tempo indeterminado no cemitério e, de uma forma indireta, diz que financiou todo o velório lembrando à família que as eleições estão próximas.
A promessa de desenvolver a cidade é outra maneira de o político DENOREX atingir o poder. Para ele, para isso acontecer só existe um caminho: “trazer” indústria e fábricas de vários segmentos como metalúrgicas, siderúrgicas, prestadoras de serviços, aglomerados de empresas nacionais e internacionais. Tudo isso em tempo recorde, não mais do que 12 meses.
Como podemos ver as qualidades do político DENOREX é imensa e danosa a nossa sociedade. Nas próximas eleições PENSE E INVESTIGUE a vida do candidato antes de votar. Não eleja um político DENOREX! Ele tem a missão de destruir você, sua família e a sociedade. A maneira de identificá-los é observando seu comportamento através desse perfil que você vê aqui. Eles se confundem com os bons políticos, mas não são políticos, isto é, eles são DENOREX. Parecem, mas não é!

segunda-feira, 22 de março de 2010

O MUNDO VAI ACABAR!

Toda virada de século, essa frase que intitula esse artigo vem à tona de forma afirmativa pelos adeptos da escatologia. Outro dia vi e ouvi um pastor de uma igreja evangélica afirmar de maneira bastante contundente que realmente isso iria acontecer. Era o fim dos tempos. Os “sinais” já eram bastante claros. Essa afirmativa era baseada nos fenômenos naturais que causaram catástrofes recentemente no Brasil e por vários pontos do nosso planeta, ou seja, enchentes, furações, tsunamis, deslizamento de terras, o aquecimento global e, principalmente, o terremoto que atingiu o Haiti vitimando mais de 200 mil pessoas, sem contar com os feridos, crianças órfãs e mutilados. O pastor foi categórico quando afirmou que a humanidade, a vida e o planeta Terra estariam com os dias contados!
Acho que esse pastor não leu a Bíblia como deveria! Segundo algumas passagens do livro mais conhecido no mundo (de acordo com os religiosos cristãos) isso nunca vai acontecer. É só ler “a palavra de Deus” (coisa que pouca gente faz) e constatar. Faça um sacrifício e leia: Dt 4:40; Sl 37:29;78:69; 104:5; Ec 1:4. Todos esses capítulos e versículos dizem que a Terra existirá para sempre. Agora, uma pergunta: se o mundo vai acabar, por que eles (os pastores) pedem tanto dinheiro para os fiéis (a maioria composta de pobres) alegando que vão construir templos (até mesmo em outros países), creches, chácaras para reabilitação de drogados, fazendas, comprar redes de televisão, manter programas de televisão, financiar viagens para evangelizar, comprar terrenos, casas, prédios, carros, aviões (jatinho particular)? Esses pastores só faltam dizer aos fieis que pedem dinheiro para construir a Arca de Noé II, protótipo espacial que será construído pela NASA e quem contribuir com mais dinheiro terá direito a entrar na nave e ajudar a colonizar outros planetas pelo universo afora!
Esses pastores e as pessoas que acreditam neles, talvez nunca estudaram um pouco de Geografia e História. A humanidade sempre presenciou catástrofes em toda a sua trajetória onde pereceram milhares e milhares de pessoas em todas as partes do nosso planeta. A história registra dezenas desses fenômenos (que para os cristãos é resultado da interferência de Satanás ou de Deus) como vulcanismo, terremotos, tsunamis, epidemias, furacões, enchentes, guerras (o século XX, por exemplo, não permitiu que a paz fosse semeada entre os países durante esse período). O terremoto que infelizmente atingiu o Haiti pode ocorrer em qualquer parte do mundo. Não há como impedir um fenômeno natural dessa magnitude. Isso é algo que foge da condição humana. É claro que, existem lugares que são mais vulneráveis do que outros. Países que se encontram localizados nas extremidades das placas tectônicas e aqueles que estão sobre falhas geológicas estão mais propensos a sofrerem catástrofes iguais ou maiores a que ocorreu no Haiti. Há quem diga que o Brasil é um país abençoado por Deus porque não tem terremotos. Pessoas que pensam assim estão enganadas. Ocorrem vários abalos sísmicos todos os dias no nosso país. Só que, na maioria das vezes, de pequenas intensidades que a população não consegue senti-los. A probabilidade de ocorrer um terremoto no Brasil nas mesmas dimensões da que ocorreu no Haiti é mínima porque o nosso país está localizado no meio da placa tectônica sul-americana, mas não é uma possibilidade totalmente descartável!
Talvez Os fatalistas (evangélicos fundamentalistas) estejam baseados em outras passagens bíblicas como, por exemplo: Sl 102: 25-26; Is 65:17; Mt 5:18-24-35; Mc 13:31; Lc 21:33; Ap 21:1 e tantos outros que afirmam que a Terra será destruída. Com isso tentam controlar as mentes das pessoas através do medo. Mas, e daí? Onde está o problema de o nosso planeta deixar de existir? Todos os dias nascem e morrem milhares de Sistemas semelhantes ao nosso no Universo! Por que a Terra não pode ter o mesmo destino que os outros astros que o compõem? O Sol é uma entre milhões de estrelas que existem na Via Láctea (nossa galáxia) e como tal vai morrer, mas antes disso acontecer, o Sol aumentará seu tamanho e a Terra e outros astros do nosso sistema serão engolidos por ele antes de explodir.
A vida (como a conhecemos) e o nosso planeta deixando de existir não vão fazer falta nenhuma ao Universo. Ele continuará existindo sem culpa nenhuma obedecendo as suas leis e servindo de um grande ventre para bilhões de outras galáxias que, provavelmente, são berços de sistemas planetários iguais ao nosso onde a vida também conseguiu se desenvolver. Pregar o fim do mundo é uma velha tática das religiões para engrossarem suas fileiras. É através do terror e do medo que se consegue controlar corações e mentes. Chega de pregar o fim do mundo, ser contra a morte porque ela é necessária, pois sem a qual a vida não teria sentido. Seja inteligente, Carpe diem!