sábado, 24 de abril de 2010

A DESCOBERTA DO BRASIL: QUANDO A MENTIRA CONSTROI A HISTORIA

A História do Brasil é algo estranho para a maioria dos brasileiros. Talvez por isso ele seja tão despolitizado chegando ao absurdo de comemorar algumas “datas históricas” como verdades incontestáveis. Essa “verdade” histórica atinge “as massas” e a classe que se diz esclarecida e politizada do país. Uma dessas datas construídas pela historiografia hemiplégica é o dia 22 de abril de 1500. Nesse dia e ano, o navegador português, Pedro Álvares Cabral, descobriu o Brasil, “sem querer”, em função de uma calmaria que o levou a costa brasileira. A própria historiografia tradicional, desmente essa idéia porque desde 1492, quando o continente americano foi invadido por Cristovam Colombo, os portugueses já tinham conhecimento das terras que hoje recebe o nome de Brasil. Tanto é verdade que, em 1493, quando as terras americanas foram divididas entre Portugal e Espanha através da Bula Inter Coetera que determinava que deveria ser traçada uma linha imaginária, passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, os lusitanos argumentaram que do jeito que foi feita a partilha do novo continente, eles ficariam com terras submersas pelo Oceano Atlântico e os espanhóis ficariam com todas as terras do novo continente. Como eles sabiam desse “detalhe” tão importante se eles desconheciam o novo continente? É claro que os portugueses já haviam tido contato com o novo mundo.
Em função da recusa dos lusitanos, foi firmado um novo acordo entre os dois países ibéricos: o Tratado de Tordesilhas que estabelecia a divisão do novo continente entre Portugal e Espanha. As léguas passaram de 100 para de 370 a oeste de Cabo Verde. Com o recuo do meridiano para o oeste, os portugueses chegaram onde queriam, ou seja, na costa do Nordeste do novo continente.
Dessa briga diplomática surge uma questão interessante: se os portugueses desde 1493 já reivindicavam as terras americanas, como eles “descobriram o Brasil em 1500”? É uma grande contradição, não acham? Na verdade, em 1500 ocorreu a POSSE do território português na América. Desconstruir essa idéia do “descobrimento ou achamento” é uma tarefa difícil de ser cumprida porque aquilo que se aprende através da mentira é o mesmo quando um paciente usa medicamentos por conta própria e resolve procurar um médico quando a doença já tomou proporções irreversíveis. O saber histórico tem as mesmas conseqüências. No caso da doença, a cura ou não do paciente depende do tratamento que vai receber e também do organismo dele. Em relação à desconstrução do erro histórico, o remédio indicado é a busca pelo conhecimento, da informação. Se esse tratamento não for seguido, os indivíduos continuarão a pensar erroneamente sobre a origem da formação do nosso país e passarão essa idéia para a sociedade como fatos históricos verossímeis. Um povo que não conhece a sua história é manipulado por aqueles que a distorcem. Assim é, a maioria do povo brasileiro.

2 comentários:

  1. Faço suas as minhas palavras mas tambem não podemos nos esqueçer de outra mentira historica que foi a independencia, que não foi as margens do rio ipiranga, foi na verdade numa loja maçonica.

    ´´Faz-se necessário, também, alçar a figura do personagem que se destacou durante todo o movimento articulado e trabalhado pela Maçonaria, o Príncipe Regente, Dom Pedro.

    Iniciado Maçom, na forma regular prescrita na liturgia e nos rituais maçônicos, e nesta condição de pedreiro livre, no grau de Mestre Maçom, aos 24 anos de idade, proclama, no 07 de setembro, a nossa INDEPENDÊNCIA.

    Posteriormente, no dia 04 de Outubro de 1822, D. Pedro comparece ao Grande Oriente do Brasil e toma posse no cargo de Grão-Mestre, sendo na oportunidade aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.

    No mesmo dia, Joaquim Gonçalves Ledo redigiu uma nota patriótica ao povo Brasileiro, a primeira divulgação, depois da independência, que dizia: “Cidadãos! A Liberdade identificou-se com o terreno; a natureza nos grita Independência; a razão nos insinua; a justiça o determina; a glória o pede; resistir-lhe é crime, hesitar é dos covardes, somos homens, somos Brasileiros. Independência ou Morte! Eis o grito de honra, eis o brado nacional...”

    Fonte: sophia60.org

    ResponderExcluir