domingo, 17 de julho de 2011

A GENEALOGIA DE JESUS

A Bíblia traça a genealogia de Jesus através dos seus evangelistas Mateus e Lucas e se você olhar com criticidade para essas duas genealogias, a dúvida e a incompreensão tomarão conta do seu pensamento. Observe os detalhes que poucos crentes conseguem ver e os místicos tomados pelos seus incensos e bebidas alucinógenas não se dão conta de suas cegueiras diante dessas explicações desconexas dos companheiros de Jesus sobre sua genealogia. Se fossem explicações de pessoas simples sobre esse tema, poderíamos levar em consideração os limites técnicos e metodológicos usados por eles e sendo assim, naturalmente, não faríamos críticas a esses desencontros de informações dos fatos narrados por eles. Mas, sendo de pessoas que eram inspiradas pelo próprio Javé, essas narrativas não poderiam se contradizer. Poderíamos considerar alguns detalhes de ordem técnica, mas não de questões que fundamentam as “escrituras sagradas”. Pegue sua Bíblia (se tiver tempo e disposição) e vamos analisar essas contradições. Vamos comparar a genealogia dos evangelistas Mateus e Lucas que foram contemporâneos de Jesus e importantes colaboradores, pois os dois foram seus apóstolos e tiveram uma intensa convivência.
Os profetas do Antigo Testamento pregavam por todo canto que o Messias descenderia do rei Davi. Os evangelistas Mateus e Lucas confirmam isso nas suas narrativas, mas de forma diferente. Mateus e Lucas concordam que o nome do pai de Jesus é José. Eles passam a discordar um do outro nas seguintes passagens: Enquanto Mateus (1:16) diz que o pai de José era Jacó, Lucas desmente. Ele diz que o pai de José era Heli (Lc 3:31). Mateus diz que Jesus é descendente de Salomão (Mt 1:6). Mas Lucas diz que Jesus era descendente de Natã, outro filho de Davi (Lc 3:23). Mateus alega que houve 26 gerações entre Jesus e Davi (Mt 1:2). Lucas desmente Mateus e diz que entre Jesus e Davi houve 41 gerações (Lc 3:23-38). Em relação ao nascimento de Jesus, Mateus (2:13-15) diz que José e Maria partiram para o Egito imediatamente após a vinda dos magos do oriente com seus presentes. No entanto, Lucas (2:22-40) indica, que após o nascimento de Jesus, José e Maria permaneceram em Belém durante todo o tempo de purificação de Maria(que era de quarenta dias, de acordo com as leis da época) e que depois levaram Jesus para Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor e depois retornaram para sua casa em Nazaré. Lucas não menciona a jornada para o Egito ou a visita dos sábios do oriente. Quanto a própria crucificação, Mateus (27:44) nos diz que Jesus foi insultado pelos ladrões que estavam sendo crucificados junto Dele. No entanto, Lucas (23:39-43) diz que somente um dos ladrões insultou Jesus e que o outro ladrão defendeu Jesus a quem Jesus teria dito: “Hoje ainda estarás comigo no Paraíso.” Quanto as últimas palavras de Jesus na cruz, Mateus (27:46) afirma que Jesus gritou: Deus, meu Deus, por que me abandonastes? Lucas (23:46) diz que as últimas palavras de Jesus foram: Pai, em suas mãos eu entrego meu espírito.” Há contradições inclusive nos relatos da ressurreição, o evento que é a base da religião cristã. Mateus (28:1-2) diz que quando as mulheres chegaram ao túmulo, ele estava fechado. Mas Lucas (24:2) diz que ele estava aberto. Quando as mulheres chegaram ao túmulo, Mateus (28:2) diz que elas viram um anjo. Mas Lucas (24:4) afirma que elas viram dois homens. Sobre as mulheres que foram até o sepulcro, quem eram elas? Mateus (28:1) diz que eram: Maria Madalena e a outra Maria. Já Lucas (24:10) diz que foram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, também as outras. E o interessante é que nesse episódio, os outros evangelistas também se contradizem, veja: Marcos (16:1) diz que eram: Maria Madalena, Maria, a mãe de Tiago e Salomé. Já João (20:1) diz que Maria Madalena foi a única mulher a ir ao túmulo.
Diante dessas complicadas explicações da família de Jesus que, como vimos, há duas versões para um mesmo fato histórico nos deixa com o pé atrás em relação a esses textos “sagrados” do cristianismo! Vamos aceitar que realmente Jesus seja descendente do rei Davi. Muitos cristãos tentam explicar que a genealogia de Lucas seria a de Maria. Dessa forma, Jesus seria o Messias, já que seria descendente de Davi por Maria. Mas, em nenhum versículo está escrito que aquela genealogia é a de Maria e está claro que Heli não é o pai de Maria e sim de José. Mesmo que essa genealogia de Lucas fosse de Maria, haveria outro problema porque o Messias seria herdeiro legítimo do trono de Judá. O ponto crucial é que a suposta linhagem de Maria leva a Natã, outro filho de Davi e que nunca foi rei. Diante desse esclarecimento, sobraria a genealogia de Mateus como a mais plausível porque Jesus seria, segundo as escrituras, descendente do rei Salomão. Mas aqui, também encontramos um problema. Jesus, segundo a tradição, foi gerado pelo Espírito Santo, e não por José que seria, então, pai adotivo Dele. E pra complicar mais ainda, segundo a teoria da Santíssima Trindade, existem três Deuses e que ao mesmo tempo não são três, mas Um. Ou seja, Deus-Pai, Deus-Filho e Deus Espírito-Santo representa um deus. Isso quer dizer que na matemática celestial três é igual a um. Então podemos concluir que Jesus gerou a si mesmo através do Espírito Santo e que também era Deus-Pai. A própria Bíblia dá a sentença final em relação à condição de Jesus como não sendo o Messias. Em Salmos (89:3-4) Deus prometeu a Davi que sua linhagem real e seu trono durariam de geração em geração. Ainda em Salmos (89:35-37) Deus promete que a descendência de Davi será perpétua. Seu trono durará para sempre, como o sol e a lua. Entretanto, depois de Zedekiah não houve rei daviniano por 450 anos. A linhagem real foi finalmente restaurada com Aristobolus, da dinastia Hasmoneana, mas ela também acabou. De acordo com a profecia do Novo Testamento, Jesus receberá o trono de Davi e reinará para sempre (Lc 1:32-33), mas mesmo assim a linhagem real foi interrompida e essa profecia falhou. Talvez seja por isso, que os Judeus não acreditam que Jesus seja o Messias tão esperado por eles. Apesar de ser Judeu, Jesus não é cultuado como um deus pelo povo de Israel. Quem pode explicar essas contradições?

3 comentários:

  1. Ninguém pôde explicar. Ou porque não tiveram acesso ao blog, ou não se permitiram ler até o final, ou pq realmente não se atreveram sequer a insultar a audácia do autor de estar perguntando isso. Qualquer pessoa que preze o mínimo de honestidade e coerência poderá perceber essas contradições nos textos bíblicos. E não estou aqui concluindo que tudo o que se lê na Bíblia seja estórias da carochinha.Mas uma coisa a bem da verdade é preciso admitir: se há duas ou mais versões escritas para o mesmo suposto fato ou uma delas está errada ou as duas estão.

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