sexta-feira, 15 de julho de 2011

O DILUVIO É UM ATENTADO CONTRA A RAZÃO HUMANA

“E o Senhor arrependeu-se de ter criado o homem na terra, e teve o coração ferido de íntima dor. E disse: Exterminarei da superfície da terra o homem que criei, e com ele os animais, os répteis e as aves dos céus, porque eu me arrependo de os haver criado”. É assim que começa a ira de Javé contra os homens que, segundo Ele, estava com o coração e o pensamento cheios de maldade. E junto com os homens, seriam exterminados os animais, os répteis e as aves do céu. Uma coisa que não consigo entender é o motivo de Javé matar os animais se seu descontentamento era com o homem? Diante da catastrófica decisão de Javé em acabar com ser humano, Ele resolve poupar um velhinho chamado Noé (pois o mesmo tinha 600 anos de idade quando veio o dilúvio) e sua família. Para isso, Javé dá toda a instrução para construir a um barco que foi batizado com o nome de ARCA DE NOÉ. E Javé diz: E eis como a farás: seu comprimento será de trezentos côvados, sua largura de cinqüenta côvados e sua altura de trinta côvados. Farás no cimo da arca uma abertura com a dimensão de um côvado. Porás a porta da arca a um lado, e construirás três andares de compartimentos. Se fôssemos fazer uma réplica desse barco, usaríamos o seguinte raciocínio. Um côvado é uma medida antiga e equivale a 45,72 centímetros. Então, as medidas seriam as seguintes:
• Comprimento: 300X45, 72=137,16m
• Largura: 50X45, 72=22,86m
• Altura: 30X45, 72=13,76m
Para saber o volume desse barco, é fácil! Se você estudou um pouco de matemática e se considerarmos que o barco de Noé tinha um formato de caixa de sapato, basta multiplicar as dimensões: 137,16X22, 86X13, 76=43.144,17m³. E um detalhe importante! Só havia duas saídas na arca: uma saída lateral (citada no versículo 16) e uma janelinha de um côvado no (45,72cm) no alto da arca. Agora preste atenção! A arca foi toda impermeabilizada com betume (substância altamente inflamável porque exala gases hidrocarbonetos) e o seu cheiro deve ter atingido todo o ambiente na arca. Lembre-se que só havia uma janelinha de 45,72cm para o ar circular e por ser praticamente toda fechada, a arca era absolutamente escura! Para alimentar os animais, era necessário, no mínimo acender uma tocha, lamparina, um candeeiro ou qualquer outra coisa que precisasse da presença do fogo. O que poderia ocorrer com os passageiros do navio de Noé? Duas coisas: primeiro, todo mundo teria se asfixiado. Segundo, a arca explodiria por causa da inflamação dos vapores combustíveis em função do fogo para clarear o interior da arca. Só esse pequeno questionamento, já servia para derrubar por terra essa lenda. Mas se você acha que isso não é suficiente, vamos aprofundá-lo. Prepare-se, por que vêm mais revelações interessantes. No Gen. (7:17-24) encontramos a descrição de como foi o destruidor dilúvio. Veja: O dilúvio caiu sobre a terra durante quarenta dias. As águas incharam e levantaram a arca, que foi elevada acima da terra. As águas inundaram com violência, e cobriram toda a terra, e a arca flutuava na superfície das águas. As águas engrossaram prodigiosamente sobre a terra, e cobriram todos os altos montes que existem debaixo dos céus; e elevaram-se quinze côvados (mais de 7 metros) acima dos montes que cobriam. Todas as criaturas que se moviam na terra foram exterminadas: aves, animais domésticos, feras selvagens e tudo o que se arraste na terra, e todos os homens (onde podemos incluir mulheres, pessoas idosas e crianças). Tudo o que respira e tem um sopro da vida sobre a terra pereceu. Assim foram exterminados todos os seres que se encontravam sobre a face da terra, desde os homens até os quadrúpedes, tanto os repteis como as aves dos céus, tudo foi exterminado da terra. Só Noé ficou e o que se encontrava com ele na arca. As águas cobriram a terra pelo espaço de cento e cinqüenta dias. Vamos analisar essa passagem. Segundo Gen. ( 7:20), o nível das águas chegou a quase 7 metros (15covados X 45,72cm) dos picos mais altos. Considerando que o Everest tem cerca de 8.844m, as águas chegaram a 8.851 metros. Fazendo outro pequeno cálculo (coisas que a maioria das ovelhas não cabeça pra isso), ou seja, vamos dar um exemplo, para cada 10 metros que um mergulhador desce no mar, a pressão (em atm) sofre um acréscimo de uma unidade. Se ele descer a 20m, estará sob uma pressão de 3 atm. Com 8.851m, a pressão no que seria originalmente o nível do mar sofreria um acréscimo de mais de 858 atm. Sob essa pressão, na existiria nada sobre a Terra. Nenhuma pintura rupestre, nenhum fóssil. Outro detalhe técnico: com base na altitude, as nuvens mais comuns na troposfera são agrupadas em quatro famílias: nuvens altas, médias, baixas e nuvens com desenvolvimento vertical. Nuvens altas têm bases acima de 6000 m; nuvens médias geralmente têm base entre 2000 a 6000 m; nuvens baixas têm base até 2000 m. Devido às baixas temperaturas e pequenas quantidades de vapor d’agua em altas altitudes, todas as nuvens altas são finas e formadas de cristais de gelo. Isso quer dizer que as chuvas que originaram o dilúvio viriam de um lugar ACIMA das nuvens. Ou seja, as nuvens estariam chovendo debaixo d’água já que o nível das águas atingiram o patamar de mais de 8 mil metros de altura.
Outros problemas para os crédulos e admiradores do justo Noé explicarem: como ele faria para reproduzir todos os ambientes ecológicos da Terra, em uma simples arca, em sete dias? Existem animais que sobrevivem somente nos trópicos, outros somente nos círculos ártico e antártico, desertos, selvas fechadas, cavernas, copa das árvores, montanhas, mangues etc. alguns animais retirados do seu ambiente natural morrem rapidamente. Também como poderiam ficar lado a lado, por quarenta dias, durante o dilúvio, predadores e presas? Os animais predadores esperariam suas presas se reproduzirem após o dilúvio, para depois se alimentarem de seus descendentes? Pois se esperassem morreriam de fome, se não esperassem matariam muitas as presas que fariam parte dos casais de animais transportados por Noé. Se morresse uma fêmea ou um macho de uma espécie, essa espécie seria extinta. Alem disso, deveria haver um lugar para armazenar a comida, não só dos animais como também da heróica família de Noé. Como alimentar os animais carnívoros? Como impedir que os leões devorassem as zebras? As raposas comessem os coelhos? E os gaviões, águias, abutres (estes últimos só se alimentam de carniça)? E para alimentar os herbívoros? Alguém sabe quanto come um elefante por dia? Como os milhões de espécies existentes de animais dos continentes e de milhares de ilhas poderiam ser reunidos em tão pouco tempo apenas por Noé e sua família? Como e em quanto tempo toda a água do dilúvio teria sido drenada e para onde? Um volume de água assim dobraria a quantidade desse líquido no planeta, diluiria e reduziria a salinidade dos mares e dos oceanos à metade, o que provocaria uma catástrofe inigualável no meio oceânico, dizimando a vida aquática marinha. Pássaros e insetos não poderiam sobreviver ao suposto dilúvio, pois o ambiente e a temperatura das altitudes acima de 4.000 metros, com poucas árvores e plantas diferentes das plantas de baixa altitude, lhes seria fatal. Os insetos que se alimentavam de folhas, frutos e néctar de flores de plantas ficariam sem alimentos e os pássaros que se alimentam de insetos, larvas do solo, sementes, frutos ou folhas também pereceriam. Para finalizar esses questionamentos, observemos o seguinte: após as chuvas do dilúvio, o desembarque dos animais da arca no suposto Monte Ararat (5.156m)na Turquia, seria muito difícil, em terreno íngreme, escalável somente por alpinistas, com temperatura abaixo de zero e também sem água potável. Como os animais que estavam na arca voltaram para os seus respectivos habitat naturais em todo o planeta? Por outro lado, Noé por ser considerado o único homem justo do mundo, não teve o menor ressentimento de ver, logo após desembarcar no seu navio divino, corpos de animais e pessoas boiando (inclusive mulheres, velhos, deficientes físicos e crianças). A ação das bactérias e fungos iria causar o apodrecimento desses corpos e o mau cheiro tomaria conta do mundo. Outro problema iria surgir com o desembarque dos animais que estavam na arca. Devido à destruição total da fauna e da flora do planeta, como esses animais encontrariam alimentos para poder sobreviver após o dilúvio.
Como uma pessoa que passou pela escola, teve uma instrução baseada na ciência (pelo menos é o que se espera da escola) acredita nessas lendas tidas como verdades absolutas por líderes religiosos cristãos no mundo todo? Se essa pessoa passou pela escola e acredita nessa lenda, é porque não aprendeu ou não lhe ensinaram ciência como deviria. E o mais absurdo do que essa lenda, é que professores que se dizem questionadores, buscam a verdade e cobram dos seus alunos dedicação aos estudos, não tem a menor condição para cobrar essa atitude dos seus alunos porque ele não está cumprindo com sua função de professor que é trazer para os alunos e para a escola a luz da razão que tem o papel de iluminar o pensamento e dar o suporte necessário a racionalidade humana.

2 comentários:

  1. Eu acreditei nisso tudo por muito tempo, mesmo após a escola. Primeiro literalmente, depois metaforicamente e, hoje em dia, penso que de alguma outra forma esses episódios tenham ocorrido sim, embora as narrativas que chegaram até nós tenham os transformado em apenas estórias. Até pq o dilúvio (não global e totalmente exterminador como apresentado no Genesis)é um acontecimento narrado por varios povos antigos não unidos cultural ou geográficamente.

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  2. 600 anos? Prioridade
    Tamanho da Arca... Nanotecnologia
    Felizmente estamos acordando desta hipnose.
    O próprio livro mentiroso afirma:
    "Conheceis a verdade e ela o libertará"

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